CADETE RUYTEMBERG ROCHA

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Fomentação da Revolução de 1932


INÍCIO DOS MOVIMENTOS REVOLUCIONÁRIOS EM SÃO PAULO

A chegada de Getulio Dornelles Vargas ao Governo Federal, inicia o “Governo Provisório”, que é marcado pelo desrespeito e abandono da Constituição promulgada em 1891, bem como a derrubada de servidores e autoridades políticas e administrativas que não estavam alinhadas ao Movimento de 30. Soma-se, também, o fato do não cumprimento das aspirações da população, pois o país estava inserido dentro de uma crise mundial, tendo o seu principal produto de exportação, o café, sem compradores no mercado externo.  

Por volta de 1931 havia no Brasil cerca de 2 milhões de   desempregados ou semi-empregados (que trabalhavam apenas três ou quatro dias por semana). Os felizardos que conseguiam manter-se nos empregos, tiveram seus salários reduzidos para poderem continuar trabalhando. (BASBAUM, 1962, p.26) 

Fica evidente, portanto, o descontrole do crescente número de desempregados e a falta de visão estratégica do Governo Provisório em lidar com a crise. Já o Estado de São Paulo, maior produtor de café e núcleo da indústria nacional, sofria com os mandos e desmandos de autoridades políticas e administrativas inexperientes e despreparadas que foram impostas por Getulio Vargas, à vista disso, para Figueiredo (1954, p. 27) “foi a própria ditadura, e os seus desregramentos e revelados propósitos de se prolongar no Poder, que preparou o clima para a Revolução de 32.”
Nesse ambiente agitado, os dois partidos paulistas mais fortes, o PRP e o Partido Democrático se unem e formam a Frente Única.

O passo seguinte depois do duplo rompimento com o Governo Federal foi a união tática dos dois partidos constituindo a Frente Única Paulista, em fevereiro de 1932. Mantendo integralmente a autonomia organizacional e programática, as duas agremiações políticas passaram a lutar conjuntamente pela constitucionalização e pela autonomia de São Paulo. (FORJAZ, 1988, p.156)  

Por sua vez, o Governo Provisório tenta através da nomeação do paulista Pedro de Toledo ao cargo de interventor estadual, amenizar o descontentamento da população bandeirante. Tal fato não ocorre, e os ânimos ficam ainda mais exaltados após a morte dos estudantes Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, após uma manifestação contra o Governo Provisório, ocorrida em 23 de maio, surge então, o M.M.D.C., o grupo mais atuante da Revolução Constitucionalista. Sendo que o jovem Orlando de Oliveira Alvarenga, foi a quinta vitima mortal dessa manifestação, vindo a falecer posteriormente em agosto de 1932.

               

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