CADETE RUYTEMBERG ROCHA

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O confronto bélico


COMBATENTES PAULISTAS DENTRO DE UMA TRINCHEIRA

No dia 9 de julho de 1932, em razão do crescente clima de tensão, os líderes da Revolução antecipam sua eclosão que deveria ocorrer no dia 14 de julho. Com o início das hostilidades, iniciam-se as ações de apoio ao movimento e o alistamento de voluntários. Mostra Bezerra (1989), que a movimentação ocorreu em todo o Estado de São Paulo, o qual foi dividido em 10 distritos, cada qual com seus chefes revolucionários nos municípios, com a função de gerir e coordenar o esforço cívico e bélico. Esse clima de entusiasmo pela nobre causa da recondução do país a legalidade, ficou registrado na carta que o Coronel Júlio Marcondes Salgado, Comandante Geral da Força Pública, publicou para a população de São Paulo.

Na mais vibrante manifestação de civismo, na mais pujante prova de amor ao Brasil e a São Paulo, na mais heróica atitude de abnegação e renúncia, na madrugada de hoje, o Exército, a Força Pública e o povo de São Paulo lançaram aos quatro ventos da terra bandeirante o grito de revolta pela Pátria redimida. (FIGUEIREDO, 1954, p. 135)

Nas palavras do Coronel Júlio Marcondes Salgado, estão implícitas a vibração, o entusiasmo, e o sentimento da necessidade do império da ordem legal no país, características estas que sempre marcaram a Policia Militar do Estado de São Paulo, e que ainda hoje, são cultivadas na Academia do Barro Branco. Dentro da tentativa de atrair a simpatia dos demais brasileiros para a justa causa, e responder à falsa acusação de separatismo lançada pelo Governo Provisório, a Junta Revolucionária lança uma proclamação em 12 de julho, a qual declara “ser sua intenção exigir pronto restabelecimento do regime constitucional, pondo em vigor imediatamente, enquanto não houver outra, a de 24 de fevereiro de 1891.” (BASBAUM, 1962, p.49).
E assim São Paulo se lança em um conflito confiando na adesão do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso. Sendo que as tropas constitucionalistas avançam em quatro frentes, sendo elas, conforme Bezerra (1989): Vale do Paraíba, em direção ao Rio de Janeiro e às cidades do litoral norte; pela região da Estrada de Ferro Sorocabana, até Itararé e Ribeira de Iguape, para sustar os avanços do exército vindo do sul; pela região de Bauru e Araçatuba, em direção ao Mato Grosso; pela região de Campinas, em direção da divisa com Minas Gerais.

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